quarta-feira, 1 de junho de 2011

Bulimia

Consideradas pela Organização Mundial da Saúde como trastornos mentais e de comportamento, a anorexia e a bulimia são enfermidades que afetam principalmente as mulheres jovens.

"A adolescência é um período de maior demanda emocional. Os adolescentes que têm vulnerabilidade na estrutura de personalidade estariam, então, mais sujeitos a ter transtornos alimentares" (Angélica Claudino, coordenadora do Proata).

"Todos estamos sob influência da mídia, mas nem todos desenvolvemos distúrbios porque, na verdade, é necessário mais de um fator de risco para que a doença ocorra. Existem os fatores biológicos (e até genéticos), os familiares e os socioculturais. (Alícia Cobelo, psicóloga do Ambulim).
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ANOREXIA E BULIMIA?

Segundo a última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV,1994) da Associação Americana de Psiquiatria, a Anorexia Nervosa caracteriza-se por: recusa em manter o peso corporal dentro do mínimo esperado para a idade e a altura; medo intenso de engordar ou de se tornar obeso (mesmo apresentando déficit e desnutrição); distorção da imagem corporal ou negação da gravidade de sua condição nutricional; amenorréia primária ou secundária (irregularidade ou ausência da menstruação).

A Bulimia Nervosa define-se pela presença freqüente de compulsão alimentar, com ingestão, em um período curto de tempo (menor que 2h), de grande quantidade de alimento. Esses episódios são acompanhados de sentimento de perda de controle sobre a quantidade de alimentos ingeridos e seguidos, freqüentemente, por eventos compensatórios para prevenção de ganho de peso (vômitos provocados, uso de laxantes, diuréticos, inibidores de apetite, enemas, realização de exercício excessivo, jejuns etc.). A distorção da imagem corporal também está presente na Bulimia Nervosa. Os pacientes podem ter muita semelhança com os que têm Anorexia Nervosa: possuem medo de ganhar peso, desejam perder peso e apresentam nível equivalente de insatisfação com seu próprio corpo.

GRUPO DE RISCO

Os transtornos alimentares acometem principalmente pacientes jovens (12 a 25 anos) e do sexo feminino (90% dos casos), sendo que indivíduos envolvidos em atividades que exigem manutenção da forma física estão sob maior risco para o desenvolvimento desses quadros. Estatísticas internacionais apontam uma prevalência de anorexia nervosa de 0.5 a 1% e de bulimia nervosa de 1 a 3% entre mulheres jovens (APA, 1994).
Frequentemente, os transtornos alimentares acham-se associados aos transtornos afetivos e ansiosos, e ao abuso de álcool e drogas (Halmi et al., 1991; Braun et al., 1994; Rastam et al., 1995).

TRATAMENTO

É necessário uma equipe multidisciplinar fomada basicamente por médico, nutricionista, psiquiatra e psicológo. O profissional da saúde que atua isoladamente pode colocar em risco a vida do paciente que, normalmente, costuma omitir seus sintomas.

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